segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Kits Didáticos para o Ensino de Ciências


       O Ministério da Educação deve distribuir, a partir de 2015, kits didáticos desenvolvidos por cientistas para estimular o ensino de ciências na Educação Básica. O material desenvolvido por cientistas da USP e UFRJ inclui, por exemplo, microscópios para o estudo de organismos vivos e deve ser um estímulo ao ensino de ciências. A notícia foi divulgada pelo Jornal da Ciência (SBPC). Uma ótima notícia para o ensino no nosso país.

       Cerca de 22 mil escolas de ensino médio devem ser atendidas com a distribuição de pelo menos um milhão de kits, que visam atender ao ano letivo de 2015. Para a preparação dos professores para a utilização dos kits, será montado um programa de educação à distância. Além disso, há possibilidade de que o projeto seja ampliado para atender também o ensino fundamental.

       Assista agora a uma aula sobre ácidos nucleicos que mostra na prática a utilização de um kit didático da experimentoteca.



       Esta aula, desenvolvida por alunos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Estadual da Paraíba, durante as atividades do Estágio em Ensino de Ciências Biológicas (turma 2010.1 período letivo 2014.1), faz uso de um kit também desenvolvido pela USP. Kits didáticos se mostram muito úteis em aula como instrumento de demonstração de experiências ou apresentação de conteúdos, além de permitir que os alunos possam realizar por suas próprias mãos e mentes as experiências e atividades.

      A equipe que desenvolveu o projeto noticiado pela SBPC é formada pelos físicos Vanderlei Bagnato do IFSC da USP, Moyses Nussenzveig, professor aposentado do Instituto de Física da UFRJ e Carlos Henrique de Brito Cruz, do Instituto de Física da Unicamp e diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Beatriz Barbuy, do Instituto de Astronomia da USP, as biólogas Mayana Zatz e Eliana Dessen juntamente com o químico Henrique Toma e o matemático Eduardo Colli (também da USP).

       Esta louvável iniciativa tem um enorme potencial, principalmente quando se trata da falta de estrutura ainda enfrentada por muitas escolas. Entretanto, não podemos subestimar o papel do professor e importância da sua formação. Uma aula realmente atrativa, estimulante, como pode ser realizada através desses kits (que permite inclusive que o aluno inove com base no mesmo), para ser realizada efetivamente, requer compromisso e competência dos professores para que a inovação realmente reflita na sua prática em sala de aula.