segunda-feira, 15 de abril de 2013

Argumento 6 – A Biogênese e a origem da vida.


                               
                                                                                                                            Herbert Araújo 

O NINHO: um símbolo do cuidado parental, um mistério da mente animal, um elo entre gerações,
uma evidência de que os seres vivos nascem de seus semelhantes. Afinal... a Biogênese
é argumento contra a evolução?


        Durante muito tempo houve grande debate (principalmente investigado do século XVII ao XIX) acerca do modo como surgiriam os seres vivos, ou seja, se eles poderiam surgir a partir da matéria inanimada ou se os seres vivos só surgiriam a parir de outros seres vivos. O grande cientista francês Louis Pasteur, pôs fim a esse debate por volta de 1860, demonstrando que até os microrganismos só surgem a partir de outros seres semelhantes (biogênese).  Assim, algumas vezes essa explicação é levantada como argumento contra a evolução, mas isso é inadequado, pois os trabalhos de Pasteur se estenderam por um período de tempo curto demais para estudos de biologia evolutiva, onde o tempo é fator muito importante.

      Agora vejamos porque podemos dizer que mesmo a hipótese da biogênese sendo verdadeira, ela não nega a explicação evolucionista de surgimento de vida na Terra primitiva inabitada. Sabemos que os processos evolutivos ocorrem desde a Era Pré-Cambriana, que começou com o planeta inabitado e terminou com alguns seres vivos simples, segundo demonstra a geologia, e isso, significa que quando tratamos de evolução falamos de períodos muito mais extensos do que o que durou os experimentos de Pasteur. Além disso, Müller e Urey (Universidade de Chicago) demonstraram experimentalmente, em 1953, que substâncias orgânicas podem se formar a partir dos componentes inorgânicos simples da atmosfera primitiva (amônia, gás hidrogênio, metano e vapor d’água) quando submetidos a descargas elétricas - simulando raios.

       Além disso, hoje se sabe que dois tipos de moléculas orgânicas formadas pelos mesmos átomos das sustâncias utilizadas no experimento de Müller-Urey (proteínas e RNA) são capazes não apenas de armazenar informação genética, mas também de orientarem reações químicas e produzir novas moléculas. O RNA é muito semelhante ao DNA e também funciona como material genético em todos os seres vivos, e ainda, há vírus (retrovírus como o HIV, causador da AIDS) cuja molécula que serve de base para a herança genética é o RNA.

       Conectando adequadamente essas informações comprovadas cientificamente, temos uma transição clara do inorgânico para o orgânico e do orgânico para o vivo. Além disso, a evolução se mostra uma boa explicação, pelo fato de que a maioria dos seres que existem hoje, não teria sobrevivido às condições de eras geológicas passadas, o que indica que eles foram surgindo depois que essas condições mudaram gradualmente. E como saber se podemos confiar nas evidências do passado, como fósseis, por exemplo? É o que veremos no próximo texto.

Argumento 7


Nenhum comentário: