segunda-feira, 29 de abril de 2013

Argumento 7 – O Registro Fóssil é Tão Confiável Quanto o é a Geologia.



                                                                                        Herbert Araújo

       Quando se trata de registro fóssil, duas questões são levantadas contra a evolução: primeiro, se poderíamos chegar a alguma conclusão confiável pela mera comparação de fósseis e, segundo, que os fósseis não seriam uma evidência da evolução, mas apenas uma prova de que espécies foram extintas no passado. Isso merece ser discutido.

      Sobre se as conclusões em que podemos chegar pelo registro fóssil podem ser confiáveis, devemos lembrar que a paleontologia (estudo de seres antigos) está em sintonia com a geologia (que nos revela muitos aspectos importantes, processos passados e atuais no nosso planeta), que por sua vez se utiliza de diversas ferramentas como, só pra citar um exemplo, a datação por carbono radioativo (isótopo 14, ou C14), uma contribuição importantíssima das ciências exatas para o estudo de fósseis, que nos permite saber com precisão a idade de um fóssil com base na meia-vida do elemento radioativo, que entra na cadeia alimentar por meio dos organismos fotossintetizantes e passa para os demais seres vivos, vindo a diminuir de modo constante a partir do momento em que eles morrem, o que permite calcular com precisão a idade do corpo pela contagem da radiação beta até pelo menos 70.000 anos (a partir daí, a radiação restante não é suficiente). Os testes do C14 vêm demonstrando a veracidade das interpretações do registro fóssil.

      Outro ponto importante é que, mesmo nos fósseis mais antigos, dos quais é mais difícil saber a idade exata, o conhecimento das eras geológicas nos ajuda a compreender a ordem de surgimento e extinção de grupos de acordo com os fósseis de cada era. Vejamos...

       Por exemplo, podemos citar o fato de que os fósseis de espécies primitivas ocorrem em camadas pertencentes aos períodos geológicos mais antigos, ao passo que as espécies mais derivadas ocorrem geralmente nas camadas mais recentes, o que evidencia a sucessão de seus surgimentos. Seria isso um mero engano decorrido da incompletude do registro fóssil? Não! Afinal, vejamos que nas plantas, espécies de estruturas mais complexas e desenvolvidas tendem a ser mais resistentes e maiores, o que facilita sua fossilização, no entanto, não temos fósseis de angiospermas (grupo de vegetais mais derivados, com flores e frutos) que ocorram em períodos mais antigos do que os primeiros registros fósseis de pteridófitas (grupo das samambaias, plantas sem sementes).  

       Vejamos o registro fóssil vegetal a partir da Era Paleozóica (as camadas mais profundas da Terra representam períodos mais antigos). As primeiras plantas vasculares sem sementes, e relativamente pequenas, são abundantes do período Siluriano Médio até o Devoniano Médio (desde cerca de 425 até 370 milhões de anos); as plantas com sementes surgiram no Devoniano Superior (há cerca de 380 milhões de anos), ao passo que as plantas com flores (angiospermas) “só” surgiram há cerca de 125 milhões de anos. Sabemos que idades tão distantes só podem ser medidas com valores aproximados, muito bem, mas temos algo firmemente estabelecido nesse registro fóssil: a ordem em que estes eventos ocorreram e os enormes intervalos de tempo que os separam. Podemos falar em termos ainda mais claros, afirmando que se plantas simples e relativamente pequenas deixaram registros fósseis há mais de 400 milhões de anos atrás, por que não há fósseis de grandes árvores daquela época? Porque não existiam essas árvores naquela época, claro, elas surgiram só milhões de anos depois, por meio da evolução!

Argumento 8


segunda-feira, 15 de abril de 2013

Argumento 6 – A Biogênese e a origem da vida.


                               
                                                                                                                            Herbert Araújo 

O NINHO: um símbolo do cuidado parental, um mistério da mente animal, um elo entre gerações,
uma evidência de que os seres vivos nascem de seus semelhantes. Afinal... a Biogênese
é argumento contra a evolução?


        Durante muito tempo houve grande debate (principalmente investigado do século XVII ao XIX) acerca do modo como surgiriam os seres vivos, ou seja, se eles poderiam surgir a partir da matéria inanimada ou se os seres vivos só surgiriam a parir de outros seres vivos. O grande cientista francês Louis Pasteur, pôs fim a esse debate por volta de 1860, demonstrando que até os microrganismos só surgem a partir de outros seres semelhantes (biogênese).  Assim, algumas vezes essa explicação é levantada como argumento contra a evolução, mas isso é inadequado, pois os trabalhos de Pasteur se estenderam por um período de tempo curto demais para estudos de biologia evolutiva, onde o tempo é fator muito importante.

      Agora vejamos porque podemos dizer que mesmo a hipótese da biogênese sendo verdadeira, ela não nega a explicação evolucionista de surgimento de vida na Terra primitiva inabitada. Sabemos que os processos evolutivos ocorrem desde a Era Pré-Cambriana, que começou com o planeta inabitado e terminou com alguns seres vivos simples, segundo demonstra a geologia, e isso, significa que quando tratamos de evolução falamos de períodos muito mais extensos do que o que durou os experimentos de Pasteur. Além disso, Müller e Urey (Universidade de Chicago) demonstraram experimentalmente, em 1953, que substâncias orgânicas podem se formar a partir dos componentes inorgânicos simples da atmosfera primitiva (amônia, gás hidrogênio, metano e vapor d’água) quando submetidos a descargas elétricas - simulando raios.

       Além disso, hoje se sabe que dois tipos de moléculas orgânicas formadas pelos mesmos átomos das sustâncias utilizadas no experimento de Müller-Urey (proteínas e RNA) são capazes não apenas de armazenar informação genética, mas também de orientarem reações químicas e produzir novas moléculas. O RNA é muito semelhante ao DNA e também funciona como material genético em todos os seres vivos, e ainda, há vírus (retrovírus como o HIV, causador da AIDS) cuja molécula que serve de base para a herança genética é o RNA.

       Conectando adequadamente essas informações comprovadas cientificamente, temos uma transição clara do inorgânico para o orgânico e do orgânico para o vivo. Além disso, a evolução se mostra uma boa explicação, pelo fato de que a maioria dos seres que existem hoje, não teria sobrevivido às condições de eras geológicas passadas, o que indica que eles foram surgindo depois que essas condições mudaram gradualmente. E como saber se podemos confiar nas evidências do passado, como fósseis, por exemplo? É o que veremos no próximo texto.

Argumento 7


segunda-feira, 8 de abril de 2013

Argumento 5 – A evolução não é um simples acaso.






           Nova informação genética e novas características nos organismos podem surgir por acaso, por meio de poliploidia, transposição, crossing over e um número infinito de mutações que ocorrem por acaso, mas não é o acaso que determina quais características vão prevalecer, e sim as exigências do meio em que vivem esses organismos.

           Muitas vezes um dos motivos pelos quais as ideias evolucionistas são rejeitadas é pelo simples fato de algumas pessoas imbuídas do pensamento humanista misturado com certa dose de orgulho não aceitarem que o código genético humano tenha surgido por “acaso” durante a evolução. Outros, como o grande filósofo e teólogo William Lane Craig, defendem algo como a impossibilidade de o código genético humano ter surgido do acaso, ou “naturalmente” (discutindo em termos probabilísticos). Concordo com o Dr. Craig em muitas de suas firmações, mas para quem conhece os processos biológicos, é um completo equívoco basear uma afirmação acerca dos processos evolutivos em simples cálculos probabilísticos (geralmente feitos por físicos, e não por geneticistas ou ecólogos), por motivos muito simples...

            Primeiro, a ciência atualmente considera que para cada problema, deve ser aplicado o método especialmente desenvolvido para o estudo daquele problema ou área do conhecimento (métodos da anatomia não explicam processos geológicos, por exemplo), ainda assim, como afirma Morin, esses métodos precisam ser sempre revistos e aperfeiçoados. Isso torna um ultraje, uma ofensa ao proceder científico sério e rigoroso alguém desconsiderar centenas de trabalhos feitos por especialistas e querer trazer um cálculo desenvolvido em sua área, para fazer afirmações sobre um fenômeno completamente diferente. Sou um verdadeiro fã da física, mas quando físicos querem tratar de problemas como metabolismo de DNA, deveriam lembrar que se existem cálculos específicos para vetores e outros cálculos para a calorimetria, é porque não é conveniente fazer uma conversão da escala Celsius para Fahrenheit utilizando a Segunda Lei de Newton.

          Segundo, antes que alguém diga que a biologia não sabe lidar com cálculos, devemos lembrar que há cálculos específicos para frequência de recombinação gênica, mapeamento genético, primeira e segunda leis de Mendel (muitos criacionistas radicais parecem só conhecer as leis de Mendel), dinâmica populacional, biogeografia de ilhas e muitos outros. O que admiro nos biólogos é que eles sabem quando os cálculos não são suficientes, enquanto que as pessoas que não sabem fazer cálculos, acreditam muito naqueles que dizem saber fazê-los.

         No próximo argumento vou discutir a afirmação recorrente feita por alguns famosos (como Adauto Lourenço), segundo a qual a derrubada da ideia de geração espontânea aristotélica (abiogênese) e comprovação da biogênese por Luis Pasteur, seria uma prova contra a evolução, mas isso, é facilmente refutado se considerarmos algo que o Adauto Lourenço, como físico, deve compreender bem: a escala de tempo.

Argumento 6


quinta-feira, 4 de abril de 2013

O Paradigma da Complexidade e Sua Contribuição na Educação Formal: uma breve reflexão sobre a proposta.


Se considerarmos que a educação deve contribuir para a formação de cidadãos críticos, esclarecidos, capazes de compreender seu contexto ambiental (o que inclui a própria sociedade), capazes de relacionar os diferentes fatores (históricos, políticos, psicológicos, ecológicos etc.) que permeiam os diferentes aspectos de sua humanidade, ou simplesmente, nos termos de Durkheim, que a educação cumpra seu papel de socializar o indivíduo, devemos dar grande atenção ao Paradigma da Complexidade, pois, como nos alerta Morin “Compreender o homem não é separá-lo do universo, mas situá-lo nele.”.

O Pensamento Complexo


Mas o que propõe Morin? Que as pessoas passem a saber de tudo? Conhecer tudo? Não, pois como ressalta este autor, o importante não é uma cabeça cheia, mas uma cabeça bem feita! Isso implica uma reforma no pensamento. Não necessariamente no conteúdo, a atenção aqui é dada ao pensamento. De modo semelhante à passagem da visão geocêntrica à visão heliocêntrica, que baseou-se nos mesmos elementos da visão antiga (corpos celestes), para explicar a relação entre eles em uma compreensão nova do mesmo sistema. Ao invés da separação, a distinção; ao invés do pensamento linear, sem volta, um pensamento que consiga religar o início ao fim, mas não preso a um fluxo circular e sim como uma espiral, que se expande a cada volta. Ao invés da visão parcial, uma visão multilateral.

Um dos motivos para começarmos a dar mais atenção à complexidade, é que estamos cercados de problemas complexos (complexo, aqui, não significa complicado, ininteligível, mas sim algo multilateral). Dito de outra forma, a maioria dos problemas de nossa sociedade possui muitas faces: problemas ambientais, por exemplo, reúnem aspectos jurídicos, históricos, culturais, perceptivos, educacionais, ecológicos (ecologia por si só já é complexa), econômicos (se considerarmos a violência, chegamos a uma conclusão semelhante) e todos esses aspectos nos impõem uma libertação do reducionismo, que insiste em separar tudo e reaprender a conectar, adotando um pensamento sistêmico.

A questão é que nossa ciência muitas vezes caminha para uma separação das diversas áreas do conhecimento, mas sabemos que a realidade não se limita aos modelos teóricos de uma ou poucas ciências.  Por outro lado, a própria ciência nos mostra o caminho para essa nova visão, algumas ciências, como a ecologia, se tornaram fundamentais na atualidade justamente relacionando diferentes conhecimentos (da física, da química, da própria biologia e até mesmo das ciências humanas) e isso nos trouxe uma nova e importante visão de mundo, onde tudo está interligado.

A metodologia

A Complexidade não é uma teoria, mas um paradigma (sistema de teorias, como define Mayr). Não se limita a nenhuma disciplina, mas propõe a conexão entre elas (distinguir sim, separar não).

Em se tratando de pesquisa científica, o método dependerá da natureza do problema (cálculos, pesquisa qualitativa, etnografia...) desde que bem planejado, descrito e que não se perca de vista o fundamento científico e filosófico e, se mesmo assim, o procedimento adotado não for suficiente para explicar o fenômeno em sua totalidade, pode ser aperfeiçoado com o andamento da pesquisa (o que deve ser evitado e, para isso, é recomendável que antes do início do estudo, o pesquisador faça uma investigação preliminar para verificar a eficácia do seu aparato de pesquisa). O Paradigma da Complexidade vem sendo adotado principalmente na área das ciências humanas e ambientais, mas desde a proposição do princípio da incerteza, na física quântica, e outros novos conhecimentos das ciências exatas, vem se firmando como paradigma emergente de pesquisa e traz nova luz à ciência, reorganizando e ampliando o conhecimento.

Na educação, a Complexidade tem uma metodologia baseada na proposta de transdisciplinaridade, uma vez que as realidades-chaves “passam por entre as fendas que separam as disciplinas” (Morin, 2005). É bom lembrar, que a prática transdisciplinar e interdisciplinar requerem projetos pedagógicos adequados. Os currículos devem ser repensados nesse sentido. O conhecimento fragmentado de acordo com as disciplinas impede frequentemente de operar o vínculo entre as partes e sua totalidade, mas o conhecimento deve ser capaz de compreender os objetos em seu contexto sua complexidade, seu conjunto.

 É necessário, como nos incentiva Morin (2003), fugir do engessamento dos modelos e das tentações racionalizadoras, conforme expostas abaixo:

·         A idealização, que consiste em acreditar que a realidade como um todo possa se reduzir a uma ideia;

·         A racionalização, ou pretensão de querer fechar, capturar o que entendemos por realidade na ordem e na coerência anestésica de um sistema;

·         A normatização, que elimina e combate o que é estranho e irredutível.

Na era global, caracterizada por problemas planetários, a educação deve formar cidadãos capazes de atuar nas mais diferentes esferas sociais com um pensamento que sempre saiba conectar os aspectos de sua realidade local a esse contexto global. A realidade complexa exige a compreensão da ciência objetiva, mas também das subjetividades que estão sempre presentes nos fenômenos sociais. Em outras palavras, o Pensamento Complexo é um novo paradigma para uma nova sociedade.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Prontos para o ataque!

Ensaio fotográfico
(Herbert Araújo)





Quando vemos um predador atacando uma presa, nos impressionamos com suas habilidades e muitas vezes esquecemos do quanto é difícil a vida desses organismos. Já que ninguém quer ser uma presa, os predadores precisam desenvolver muitas adaptações para terem sucesso na sua luta pela sobrevivência...



Camuflagem é uma das saídas mais comuns. A abelha da foto, foi surpreendida
por este inseto (provavelmente um hemíptero), cuja forma e cores o camuflam
junto à inflorescência da  vassourinha-de-botão (Spermacoce verticillata L.).
                                Aranha sem teia?





A  coesão gerada pela polaridade das moléculas de água, gera
  uma tensão superficial forte o suficiente para que este pequeno
animal, caminhe e capture suas presas na superfície da água.


Tamanho não é documento!
As formigas, além de possuírem um aparelho bem adaptado, também são
dotadas de muita força, podendo carregar corpos muito mais pesados
que elas próprias.


Além de possuírem camuflagem, as cobras também contam com uma
estranha adaptação: seu crânio é dotado de ligações muito móveis,
e a mandíbula pode realizar amplos movimentos ao engolir a presa.





segunda-feira, 1 de abril de 2013

Argumento 4 – Processos naturais criam nova informação genética constantemente.






                                                                                                   Herbert Araújo

       Muitos dizem que a evolução não é possível porque supostamente o DNA não evolui, já que todos os seres vivos possuem a mesma constituição molecular básica no seu DNA. Isso é reducionismo constitutivo, ou seja, interpretação errada que surge quando queremos explicar o mundo vivo por meras descrições moleculares. O DNA não funciona como as demais moléculas.

     O DNA é uma longa molécula constituída por uma sequência de unidades básicas, como uma corrente com muitos elos, e, tais unidades, chamadas nucleotídeos, que por sua vez, são formados por três diferentes tipos de moléculas cujos nomes você não precisa decorar aqui: um açúcar (desoxirribose), um grupo fosfato e uma base nitrogenada. Essa estrutura básica está presente em todos os seres vivos e essa sequência de unidades moleculares forma o famoso código genético, que confere (junto com influências ambientais) as características dos seres vivos, como cor e forma de partes como nossos cabelos, olhos, músculos...

      Se o código é formado por uma sequência e quantidade de moléculas (unidades, nucleotídeos), então vejamos por uma explicação simples como nova informação é criada. Digamos que a senha de seu e-mail seja 1234. Para modificarmos essa senha podemos fazê-lo de 4 maneiras básicas: a) retirando uma ou mais unidades (por exemplo, ela não será reconhecida se você digitar 134); b) mantendo a quantidade de unidades, mas substituindo algum trecho da senha (1235); invertendo a ordem de todo ou parte do código (4321 ou 1243) ou adicionando unidades (12345). O computador só reconhecerá a senha 1234, pois as demais representam nova informação. De modo semelhante, não é necessário que surja um novo tipo de substância para que nova informação genética seja criada e o código genético evolui (surge nova informação) sempre que há substituição, exclusão, adição ou inversão das suas unidades básicas.

       O evento de troca ou recombinação ocorre primariamente durante a meiose (reprodução celular), com o alinhamento de cromossomos homólogos (em pares). Ocorre um processo de permuta, ou troca de fragmentos de DNA (crossing over). Isto usualmente resulta em troca igual e recíproca de informação genética entre cromossomos homólogos – aos pares. Se os cromossomos homólogos possuem alelos (genes) diferentes, a permutação pode produzir diferenças genéticas hereditárias de ligação observáveis, o que é muito frequente. Além da permutação, há um outro mecanismo que pode resultar em rápidas alterações no material genético. Sequências similares em cromossomos podem, ocasionalmente parear e eliminar quaisquer sequências que sejam diferentes entre si. Isto pode resultar em fixação acidental de uma ou outra variante, gerando um tipo de “substituição” (conversão gênica). Além disso, é chamativo o fato de que a Doutora Barbara McClintock, estudando milho multicolorido, detectou pela primeira vez genes que são móveis, que mudam de lugar entre cromossomos, esses elementos móveis (transpósons), alteram o código genético e causam mutações (mais informação genética!) por meio da transposição, mais uma “evidência empírica” de que o DNA evolui.

Argumento 5