quinta-feira, 23 de abril de 2015

Instituto Olavo Bilac e suas Conquistas com a Astronomia

Solenidade de entrega de medalhas e certificados da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica com alunos e professores do Instituto Olavo Bilac - 2014.

        Já imaginou uma escola que faz dos estudantes aspirantes a cientistas? E que tal um professor que torna as aulas de ciências uma jornada rumo a novos horizontes? Poderia parecer utópico se fosse só discurso, mas na verdade trata-se de um bom exemplo dado pelo professor Felipe Torres e seus alunos no Instituto Olavo Bilac, em Santa Cruz do Capibaribe, interior de Pernambuco.

Entre os destaques da edição anterior, mencionamos os alunos Renan Brito que no 7º ano foi medalha de bronze e Laura Victória que no 9º conseguiu a Medalha de ouro pelo desempenho alcançado na XVII Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) no Rio de Janeiro (RJ).
                

          A receita? Dedicação e incentivo ao estudo da astronomia. Claro que uma boa dose de atividades práticas também é fundamental e elas também fazem parte do processo de aprendizado na escola.
Professor Felipe Torres e estudantes do Instituto Olavo Bilac na
primeira etapa da construção dos foguetes (nível  02).

Aliás, as aulas práticas são uma característica das aulas do professor Felipe, afinal, ciência é uma atividade humana e não um mero discurso. Foi fazendo valer essa ideia que a escola abraçou a causa de preparar os estudantes para a OBA e os resultados são mais que compensatórios. São motivo de orgulho.

Não haveria outro jeito de encerrar esta postagem, senão parabenizando a escola em seu conjunto, em especial aos alunos, pequenos vencedores que estão descobrindo na astronomia um sentido novo para sua educação. E é claro, gostaríamos de ver mais desses no nosso país. Esperamos que o belo exemplo mostrado aqui inspire professores e alunos a repensar seus papéis na construção do conhecimento. Afinal, com um pouco mais de amor pelo ofício e um olhar diferente sobre a realidade, o céu é o limite: já disse o poeta...

Via Láctea (trecho XIII)

“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto…

E conversamos toda a noite, enquanto
A Via Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora! “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”

E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.”

(Olavo Bilac)

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