CRIA EM AÇÃO
Sou criatura
Sou o criador
Transformando em criação
O que outro já criou
A cria em ação
Assassina a criação
Apressa a prece
O trabalho e a pressão
A sombra assombra
A sobra, sobrou
A réstia rasteja
Sobre a cinza que restou
A imagem e semelhança
Perfeição do Criador
(Beto Rocha)
MEU MUNDO
Lá fora todo mundo
Lá fora tudo muda
Lá fora tudo mudo
Aqui dentro mundo mudo
Aqui dentro muda mundo
Aqui dentro mundo todo
Meu mundo mudo que não muda
Eu mudo que não mudo o mundo meu
A semente, a muda, planta
Mudança do mundo que sou eu
Lá fora tudo muda
Lá fora tudo mudo
Aqui dentro mundo mudo
Aqui dentro muda mundo
Aqui dentro mundo todo
Meu mundo mudo que não muda
Eu mudo que não mudo o mundo meu
A semente, a muda, planta
Mudança do mundo que sou eu
(Beto Rocha)
VERSOS LOUCOS
Escrevo meus versos loucos
Em velhos pedaços de papel
O sentido ainda é pouco
São da terra e buscam o céu
Profundos em sua loucura
Rasos em sua razão
A razão de sua loucura
É a louca busca por razão
Não entendo o início
Muito mesmo entendo o fim
O sentido está no meio?
O sentido é bom ou ruim?
As perguntas, as respostas
já não sei quais elas são
Tento tanto e não entendo
A razão da criação
(Beto Rocha)
Escrevo meus versos loucos
Em velhos pedaços de papel
O sentido ainda é pouco
São da terra e buscam o céu
Profundos em sua loucura
Rasos em sua razão
A razão de sua loucura
É a louca busca por razão
Não entendo o início
Muito mesmo entendo o fim
O sentido está no meio?
O sentido é bom ou ruim?
As perguntas, as respostas
já não sei quais elas são
Tento tanto e não entendo
A razão da criação
(Beto Rocha)
DAS EXIGÊNCIAS DA VAIDADE
Fica com tua vaidade, Maria,
Eis, pois, tua nova companhia.
E que esta não venha a te abandonar,
Pois quando perderes a “beleza”,
Esta fiel companheira, ao teu lado lastimará.
AMBIÇÃO
O que somos: pobres porquinhos
Edificando a vida com tanta ambição
Pra depois vir a morte, esta loba má,
Que com um sopro aqui outro acolá,
Derruba toda a construção.
COMÉRCIO
Vende-se a felicidade nos livros de Cury.
Vende-se um creme para que a juventude perdure
Vende-se a saúde em drogarias.
Vende-se o conhecimento em livrarias.
Vende-se o êxtase na margem da sociedade.
A televisão vende a solidariedade.
...E perdemos a vida,
Tentando comprá-la.
5 comentários:
Gostei muito,
alto nível.
Pois é, são dois jovens iniciantes na literatura, mas sobra competência a ambos! Em breve, teremos mais desses belos trabalhos aqui no Metalink.
Parece ser complicado pensar uma coisa nela mesma, e aí o pessoal só consegue pensar essa coisa com a ajuda (indução) da mídia, do comércio, etc. Isso me lembra uma música do pearl jam, em cuja letra se lê "não posso comprar o que eu quero porque é grátis". Bom poema. Se puder, Janaina, visite o blog da Associação Boqueirãoense de Escritores http://abespb.blogspot.com, ou o Facebook, buscando pelo próprio nome da associação.
Boa observação, Maxwell... Realmente, o que mais tem valor, não tem preço. Agradeço o comentário. Visitei o Blog, e sinceramente o achei muito interessante.Se puder também visitar meu blog que ainda ta no comecinho: http://oficinaespacial.blogspot.com.br/, ou a página no facebook: https://www.facebook.com/OficinaEspacial?fref=ts . Mais uma vez agradeço.
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